Skatistas de Pedro Osório e Cerrito pedem ajuda
Grupo de esportistas esta perdendo espaço para pratica do esporte
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Uma manifestação via rede social, no final do ano passado, mobilizou a nossa reportagem a ver os problemas enfrentados pelos jovens praticantes do esporte skate. O que geral a manifestação dos skastistas foi a proibição de andar de skate sobre a calçada recém remodelada da Praça Antônio Satte Alam, no centro da cidade. Quando eles andam no asfalto são ameaçados pelos veículos, quando andam nas demais calçadas são ameaçados e xingados pelos comerciantes e acabam ficando em um dilema de não ter onde praticar.
A nossa reportagem se reuniu com um grupo que aceitou conversar e explicar as dificuldades enfrentadas dia a dia. Marcamos a reunião na Praça central motivo da manifestação, para ouvirmos deles sua opinião. O grupo foi claro que não possui lugar para praticar o esporte, quando questionados da rampa "e não pista" construída na parte d trás da Prefeitura de Pedro Osório as criticas ficaram evidentes, mau acabamento, quase um cimento cru, mau posicionado, o angulo de descida da rampa promove muitas caídas, acidentes e tombos.
Eles usaram a rampa de Cerrito como um exemplo positivo, de uma rampa, melhor construída, com melhor acabamento e com outras áreas em volta para andar. Tanto que o grupo tem se reunido por lá, na cidade vizinha. Eles também elogiam que a rampa de Cerrito tem iluminação a de Pedro Osório não.
O grupo não se encontrou com a reportagem apenas para apresentar problemas, mas, também soluções a curto prazo e longo prazo. Gostariam que o skate fosse tratado como esporte, que realmente ele é, em uma pesquisa na internet o esporte sempre fica entre os dez mais praticados em todo o País. 2013 foi o ano do skate, ele perdeu apenas para o futebol, sendo o segundo esporte mais praticado no Brasil.
* Sugestões do grupo de skatistas
A Curto Prazo:
Interditar uma vez por semana a frente da Praça Antônio Satte Alam em Pedro Osório, para a pratica do esporte, e uma vez por semana a Praça de eventos no Cerrito, alternando entre uma cidade e outra, um domingo em uma cidade, no próximo na outra. Criar obstáculos móveis (em parceria com as duas Prefeituras Pedro Osório e Cerrito) que seriam colocados na rua interditada e retirados depois, para que os atletas possam continuar evoluindo e crescendo cada cidade receberia na sua semana os skatistas visitantes da cidade vizinha.
Campeonatos:
Alguns já foram convidados a participar de campeonatos em outras cidades, mas tem dificuldades de executar manobras por não ter onde treinar.
A Médio Prazo:
Os skatistas das duas cidades se unirem ainda mais, criando um grupo que auxilie as comissões de obras, dando suporte técnico e palpite nos próximos projetos se incluindo e sendo incluídos nas futuras obras.
A Longo Prazo:
Criação de pistas de skate próximos as rampas, com obstáculos que permitem aos praticantes do esporte um continuo aprendizado e receber e organizar campeonatos e tapas de skate em Pedro Osório e Cerrito.
De todos os esportes radicais conhecidos, o skate foi sem dúvida a maior estrela do ano de 2013, principalmente para os brasileiros.
Isso porque das principais competições internacionais, os skatistas do país venceram praticamente todas – os campeonatos no vertical (Rony Gomes), bowl (Pedro Barros), street (Kelvin Hoefler), speed (Carlos Paixão), mega rampa (Bob Burnquist) e feminino (vertical – Karen Jonz, e street – Leticia Buffoni).
Carlos Paixão ainda bateu o recorde de velocidade com 119 km/h, no Mundial realizado em Teutônia (RS), e fechou o ciclo entre todas as principais modalidades do esporte.
O skate também foi premiado com Sandro Testinha pelo seu trabalho com a a ONG Social Skate no Prêmio Trip Transformadores, e Bob Burnquist foi considerado pela revista Forbes o esportista radical brasileiro mais rico do mundo, com contratos milionários, ficando atrás apenas da lenda Tony Hawk.
Comerciais de TV se aproveitaram desse bom momento e venderam de refrigerantes, a chocolates, passando por carros e até serviços bancários. As principais metrópoles brasileiras sentiram nas ruas e calçadas a invasão de skatistas que surgiram em 2013, e que segundo a “Folha de S. Paulo”, ganhou o status de segundo esporte mais praticado do Brasil, ficando atrás apenas do futebol.