Os Traçados Invisíveis de Pedro Osório (RS)
Trabalho de alunos do GV Municipal
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No dia 18 de novembro a Escola Municipal de Ensino Fundamental Getúlio Vargas realizou a sua Mostra Pedagógica e Feira de Ciências. Nesta oportunidade, os alunos da 8ª série apresentaram a exposição da sua produção visual, denominada “Os Traçados Invisíveis de Pedro Osório (RS)”; projeto desenvolvido entre os meses de abril e outubro, sob orientação das professoras Maria Fernanda Botelho (Arte) e Tatiana Pastorini (História e Geografia), com o objetivo de favorecer a socialização e o crescimento individual e coletivo na construção do conhecimento interdisciplinar. Este projeto foi apresentado no VII Congresso Internacional de História, XXXV Encuentro de Geohistória Regional e XX Semana de História da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Além disso, o grupo recebeu um convite da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) para mostrar os resultados do trabalho no I Colóquio do Mestrado Profissional em História.
O projeto “Os Traçados Invisíveis de Pedro Osório (RS)” surgiu com a finalidade de buscar um novo olhar sobre a cidade; uma leitura para além das suas construções e delimitações do espaço urbano, ou seja, o seu traçado invisível que escapa aos olhos da vida cotidiana. Para tanto, percorreu-se roteiros selecionados pelos alunos, a fim de identificar, observar, registrar e valorizar aspectos dos bairros Jardim dos Pampas, Orqueta, Jayme Pons, Brasília e das pontes que ligam Pedro Osório e Cerrito. Dessa forma, a fotografia auxiliou no desenvolvimento da poética, da sensibilização e da percepção da cidade como produto histórico-social. Já, a pintura das telas, identificou a apropriação do lugar, as memórias afetivas e o fortalecimento dos vínculos com os lugares.
Portanto, a proposição do trabalho dinamizou o aprendizado por meio da educação do olhar, não um olhar direcionado e determinado, mas aquele construído em conjunto com os envolvidos no processo. O pequeno município de Pedro Osório, cuja origem está ligada à distribuição de sesmarias e à expansão ferroviária, ampliou sua escrita por meio de seus traçados invisíveis à percepção do senso comum. Os registros identificaram vida na poética das imagens e, principalmente, o fio invisível que liga os seres vivos e desenha novas figuras da cidade infeliz que contém uma cidade feliz mesmo sem saber que existe (CALVINO, Italo. As cidades invisíveis. Trad. Diogo Mainardi. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 63).
(Texto enviado pelas professoras, Profª Msc.Tatiana Carrilho Pastorini Torres e Profª Maria Fernanda Botelho)