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Nova edição do Projeto "Conhecendo a Justiça" leva estudantes da rede estadual ao Tribunal do Júri de Pedro Osório

Por Foro
11/04/2007 13:17
Atualizado em 19/09/2017 14:41
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Mais de 60 jovens do Colégio Estadual Getúlio Vargas poderão conhecer todos os passos de um julgamento popular, no próximo dia 17 de abril, a partir das 9 horas, no Clube Piratini, em Pedro Osório, RS, através do Projeto "Conhecendo a Justiça".

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Mais de 60 jovens do Colégio Estadual Getúlio Vargas poderão conhecer todos os passos de um julgamento popular, no próximo dia 17 de abril, a partir das 9 horas, no Clube Piratini, em Pedro Osório, RS, através do Projeto "Conhecendo a Justiça".

A sessão do Tribunal do Júri receberá os estudantes dos ensinos médio e fundamental, num julgamento que envolve réu e vítima jovens.

"A idéia não é somente deixar a Justiça cada vez mais transparente: por trás disso, está o sentimento claro de cidadania que os jovens exercem, mesmo que seja simplesmente assistindo o julgamento. Os poderes constituídos precisam mostrar seu trabalho, e o Judiciário está comprometido com isso", ponderou o magistrado coordenador do projeto, Marcelo Malizia Cabral.

"O plano mobiliza todo o Fórum. Desde o deslocamento de computadores, de alguns móveis, de servidores e estagiários até os contatos com as escolas e o recebimento dos alunos, tudo para que as pessoas conheçam as formas de acesso à Justiça", explicava.

Como de costume, o juiz-coordenador do projeto visita a escola participante, em uma reunião com os alunos, explicando os procedimentos do júri. Após o julgamento, o magistrado retorna ao colégio, respondendo as questões surgidas dos jovens.

Além desses contatos, durante toda a reunião do Júri, os participantes são esclarecidos de cada etapa do julgamento, em verdadeira sessão didática.

O Tribunal do Júri é aberto a todas as pessoas da comunidade.

O magistrado coordenador dos trabalhos enfatizou que em razão do interesse despertado nas escolas e nos estudantes, o projeto "Conhecendo a Justiça" prosseguirá não só em outras Sessões do Tribunal do Júri, mas também com o envolvimento dos jovens em audiências diversas, nos procedimentos do Juizado Especial Cível e até mesmo no julgamento de processos de interesse da coletividade.

As edições anteriores - O Projeto, que se desenvolve desde o ano de 2003, já atendeu centenas de jovens, sendo sua avaliação colhida através de formulário próprio preenchido pelos participantes ao final das sessões.

"É bem interessante que a população conheça a Justiça. Assim, muitas pessoas vão pensar antes de fazer algum ato que não seja legal", sugeriu Andréa Domingues Gonçalves, 20 anos, participante do "Conhecendo a Justiça" em 2006.

Já para Marleci Guadalupe Ventura, a ação "dará oportunidades de conhecermos melhor as leis e também colocará a Justiça mais próxima e ao dispor da sociedade".

"Aprendi que é bem importante saber mais como agir em sociedade, que apesar de acharmos que já sabemos muito sobre a justiça, ela é bem mais interessante e complexa do que pensamos", resumiu Débora dos Santos, 18 anos, ao fim do dia de trabalhos.

Para Diego Ramires Gonçalves, 19 anos, "mostrando o Júri à comunidade e como este funciona, pode diminuir o número de crimes e/ou infrações que podem ser cometidos pelas pessoas".

O julgamento.

O processo que estará sob exame popular tem o número 115/2.03.0000348-6, onde figuram o Ministério Público como autor da ação e Tiago Medeiros Guterres e Nataniel Duarte de Oliveira, como réus.

Segundo a denúncia do Ministério Público, na madrugada do dia 29 para o dia 30 de março de 2002, em Pedro Osório, teriam ocorrido três fatos criminosos, sendo que, no primeiro, Nataniel portaria arma de fogo municiada. Num segundo momento, Tiago e Nataniel teriam tentado matar Daniel Duarte Alves e, numa última ocasião, Tiago teria tentado matar Orlando Duarte Alves e Cristiano Azambuja Lemos.

Na defesa do acusado Tiago, atuará o advogado José Paulo Gomes de Freitas e, na de Nataniel, atuarão os advogados Cláudio Eduardo Machado Dutra e Roberto Viríssimo de Brito Cunha; representando o Ministério Público, a promotora de justiça Luana Rocha Ribeiro e, presidindo a sessão, o juiz de direito Marcelo Malizia Cabral.