Movimento Separatista - O Sul é Meu País
Urnas em Pedro Osório e Cerrito
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O "sim" teria alcançado mais de 95,6% da votação na consulta do movimento que prega a separação do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná para formar um novo país. A votação ocorreu no sábado (1) em quase 2 mil urnas (835 delas no Estado). A coordenação garante que mais de 500 mil pessoas participaram. Até esta segunda-feira (2), ainda faltava computar votos do Rio Grande do Sul, que somou 397 mil votantes, para fechar o resultado do Plebisul.
Em Pedro Osório e Cerrito apesar de já haver uma Comissão a muito tempo instalada, até a véspera da eleição não estava confirmada as urnas nas cidades, porém com o apoio de separatistas que foram até Pelotas e providenciaram duas urnas às vésperas das eleições. Prejudicada a divulgação foi feita durante a noite e somente via internet, mesmo assim dos 156 votantes, 138 (88,46%) foi à favor e 18 (11,54%) foram contra. Muitos eleitores foram pegos de surpresa e acabaram não votando, porém a Comissão "O Sul é o Meu País" no Estado, Anidria Rocha, explica que novas consultas devem ser realizadas até 2017, antes de dar encaminhamento à pauta. O movimento quer levar a proposta à Organização das Nações Unidas (ONU).
No Rio Grande do Sul, cidades nas regiões do Vale do Caí, Taquari e Serra Gaúcha tiveram maior participação. Em Porto Alegre, teriam sido 10 mil pessoas. "O povo não aguenta mais ver esta teta chamada sul alimentando grandes oligarquias. Há 25 anos a gente tenta de vários meios chegar a um senso pacífico para transformar esta realidade", argumenta Moisés dos Reis, presidente da comissão do Plebisul em Porto Alegre.
O movimento estabeleceu como meta chegar a 5% dos eleitores de cada estado. Em Santa Catarina, foram 272 mil e eram buscados 230 mil. No Rio Grande do Sul, alcançou-se 397 mil, e a meta era de 372 mil. Mas no Paraná foram apenas 24 mil votos. "Não é o ponto fraco, faltou organização. A aceitação é enorme entre os paranaenses", garante Anidria. Foram 15 meses de preparação da consulta, com gasto de R$ 100 mil. Em Santa Catarina, chegou a haver ameaça da área de segurança de impedir a consulta, que muitos vêem com afronta aleis brasileiras.