Mega operação da Brigada Militar garante reintegração de fazenda em Pedro Osório
Os sem-terra divulgaram que não pretendiam cumprir a ordem judicial que determina a desocupação da Estância da Palma, em Pedro Osório, "Vamos negociar para permanecer na fazenda até que haja sinalização concreta sobre o assentamento das 2,5 mil famílias que estão acampadas no Estado", anunciou André Silva, da coordenação estadual do MST.
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Os sem-terra divulgaram que não pretendiam cumprir a ordem judicial que determina a desocupação da Estância da Palma, em Pedro Osório, "Vamos negociar para permanecer na fazenda até que haja sinalização concreta sobre o assentamento das 2,5 mil famílias que estão acampadas no Estado", anunciou André Silva, da coordenação estadual do MST.
Ontem pela manhã os acampados receberam de um oficial de Justiça a ordem expedida pelo juiz da Comarca de Pedro Osório, Marcelo Cabral, para a desocupação. Os proprietários rurais, mobilizados desde quarta-feira, mantém a vigília em uma propriedade próxima. Além da saída do MST, querem a identificação de todos os participantes do acampamento."Sem isso, eles não serão responsabilizados criminalmente pela invasão", defendeu o vice-presidente do Sindicato Rural de Pedro Osório, Rodrigo Costa. Os proprietários da fazenda registraram o furto de 12 bois na área invadida. Os líderes do acampamento negaram qualquer envolvimento.
O MST denunciou que na noite de quarta-feira produtores rondaram o acampamento com carros, fizeram ameaças e chegaram a perseguir um grupo que foi levar crianças com problemas respiratórios ao hospital. Os ruralistas
negaram. "Trânsito de veículos próximo ao acampamento houve sim para acompanhar a movimentação, mas não houve ameaças", disse Costa.
(trecho extraido do Jornal Correio do Povo, Edição de nº195, da data de hoje)
Ao final da manhã foi expedido a ordem de reitegração de posse, como os sem-terra não haviam deixado ainda a estância começou a organização da operação.
Militares da Brigada Militar vindo de vários municipios vizinhos reforçaram o grupamento de Pedro Osório. Concentrados na sede do grupamento os militares receberam as últimas ordens antes de embarcarem rumo ao local. Um ônibus da empresa Rainha foi utilizado para o transporte.
Ao chegarem no trevo que dá acesso ao município o grupamento ficou aguardando o restante dos militares que estavam a caminho, para se unirem na tarefa. Três helicópteros e 1 avião ximangu passavam em vôos rasantes dando o suporte aéreo. Várias unidades integravam o comboio, podemos destacar o POE (Pelotão de Operações Especiais), o Batalhão de Choque,a Cavalaria da Brigada Militar(cavalos), Bombeiros, Ambulâncias da BM, Ecosul e Prefeitura de Pedro Osório. Outras forças trabalhavam em conjunto, como a Policia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Conselho Tutelar de Pedro Osório e Ecosul.
Por volta das 15 horas começou a negociação para a retirada e após 15 min os manifestantes concordaram em sair da fazenda. A Brigada Militar cercou o local e acompanhou a desmontagem do acampamento. Depois os sem-terras passaram por uma triagem onde tiveram os seus nomes e documentos checados, passaram por revista e se reagruparam a beira da BR-116. Foram escoltados até o seu antigo acampamento distantes 8km.
A equipe do site pedroosorio.net acompanhou todo o processo e destaca a excelente postura da Brigada Militar e demais participantes, que conduziram de forma brilhante a operação.