Defesa Civil monitora assoreamento do Rio Piratini
Retenção da areia causa futuros riscos
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A Defesa Civil de Pedro Osório, liderada pelo coordenador municipal Lauri Centeno, explicou que desde já a situação do Rio Piratini esta sendo monitorada, pois o acúmulo de areia no Rio Piratini, pode trazer no inverno com as chuvas risco de cheias e transbordamento.
Tudo isso se deve ao baixo índice de chuva no município, quando a chuva não cai, a vegetação avança no meio do rio, plantas nascem na areia, criam raízes e essas acabam por criar ilhas, transformando o rio.
Ele lembra que o ideal seria a retirada do excesso de areia acumulada no leito, porém a época para que isso ocorra é justamente a de verão, quando ocorrem menos chuvas e o nível da água está baixo, porém é justamente nesta época a temporada de verão no camping o que leva a um dilema.
Segundo o Sr. Lauri, todos estes pontos estão sendo levados em consideração e após encontro com autoridades estaduais, tanto da Defesa Civil e do meio ambiente, deve ser traçado uma estratégia para garantir a segurança dos moradores, visto que o rio com muita areia tem grandes possibilidades de cheias em épocas de chuva.
O que é assoreamento? Quais as causas desse fenômeno? Quais as consequências?
Assoreamento é o acúmulo de terra, lixo e matéria orgânica no fundo de um rio. O fenômeno geralmente acontece quando o curso d’água não possui matas ciliares (vegetação nas margens do rio). Sem a flora natural, o vento e a chuva levam a camada superficial do solo em direção aos rios, o que resulta em danos ambientais, como a dificuldade de navegação pelo curso d’água.
O fenômeno pode acontecer de maneira natural, mas as ações humanas têm intensificado o processo de assoreamento dos rios brasileiros. O desmatamento é um dos maiores agravantes desse processo. Sem árvores, arbustos ou até mesmo grama, o solo fica mais solto e menos resistente, ou seja, mais propício para ser arrastado pela chuva ou pelo vento. A falta de matas ciliares também ocasiona a erosão da encosta dos rios.
Além da dificuldade de navegação, o assoreamento pode causar outros danos sociais e ambientais. Devido aos sedimentos acumulados no fundo do leito, a água vai procurar atalhos para seguir seu caminho. Muitas vezes esses desvios acabam chegando em áreas com ruas e casas, o que ocasiona as enchentes urbanas.
Ao perder profundidade devido ao acúmulo de sedimentos, a largura do rio cresce e, devido à maior irradiação do sol por área, a temperatura da água aumenta. A biodiversidade do rio sente a mudança climática. A vegetação subaquática, os peixes e outros animais são afetados e podem até mesmo desaparecer.
Uma das soluções para evitar esse fenômeno é o reflorestamento das áreas próximas às margens de cursos d’água para impedir a entrada de sedimento nos rios. Conter os processos erosivos das matas ciliares é outra forma de prevenir e frear o assoreamento. (Fonte: acatinga.org.br)