Crianças e adolescentes lotaram o Foro de Pedro Osório em mais uma edição do Projeto "Visitas Guiadas"
Na última quinta-feira (12/4), o Poder Judiciário do Rio Grande do Sul integrou-se às festividades de comemoração do 48° aniversário do Município de Pedro Osório, que ocorreu em 3/4, realizando o Projeto "Visitas Guiadas ao Fórum de Pedro Osório".
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Na última quinta-feira (12/4), o Poder Judiciário do Rio Grande do Sul integrou-se às festividades de comemoração do 48° aniversário do Município de Pedro Osório, que ocorreu em 3/4, realizando o Projeto "Visitas Guiadas ao Fórum de Pedro Osório".
Das 9 às 17 horas, o Fórum abriu suas portas e recepcionou cerca de 200 convidados. Dentre eles, estudantes das redes pública e privada do município, professores, diretores de escola e todos aqueles interessados em saber um pouco mais sobre a Casa de Justiça.
Em grupos de até quarenta pessoas, os estudantes eram aguardados já na entrada do Fórum por estagiários e servidores que desempenharam as funções de guias.
Em linguagem acessível, eles tratavam de explicar os serviços prestados pela Casa para os cidadãos e davam exemplos de alguns casos, simples e de fácil compreensão, em que uma pessoa poderia buscar o auxílio da Justiça.
"Se a sua mãe compra um tênis em alguma loja e, em poucos dias, o solado dele descola por completo, o consumidor tem o direito de reclamar para a loja. Se ela não quiser efetuar a troca, o consumidor deve se encaminhar ao Fórum e abrir um processo contra a loja. Não precisa sequer de advogado e não há despesas. E a solução ocorre em poucos dias", explicava pacientemente a estagiária e uma das guias, Ângela Borges de Carvalho.
Durante as visitações, que duravam, no máximo, uma hora, as crianças e adolescentes visitavam todas as dependências do Fórum, tais como o salão do Júri, a sala de convivência, o gabinete do Juiz, os cartórios e por fim, a Sala de Audiências.
Sempre com olhares atentos e curiosos, eles aprenderam a fazer um pedido perante a Justiça, inclusive ao Juizado Especial Cível, conheceram o serviço de assistência judiciária gratuita, manusearam processos e conheceram os servidores e colaboradores da Casa.
Ao fim do roteiro, eram conduzidos à Sala de Audiências, onde tinham as dúvidas ainda existentes esclarecidas.
No local, participavam de uma audiência simulada, onde eles próprios desempenharam papéis de juiz, parte, advogado, promotor de justiça, escrivão e testemunha. Após todos serem ouvidos, o juiz-mirim proferia a sentença, sempre muito ética e baseada nos princípios gerais do direito e no senso de justiça dos jovens.
Após o fim da audiência simulada, o juiz Marcelo Malizia Cabral, Diretor do Foro e Coordenador do Projeto, conversava com os jovens esclarecendo dúvidas.
Em uma conversa simpática e aberta, ele fazia questão de abordar os mitos que fazem parte do imaginário comum sobre o Judiciário, esclarecendo a todos que a Justiça é um serviço público de atendimento ao cidadão, capaz de garantir às pessoas seus direitos e o juiz nada mais é do que um agente público, empenhado no papel de pacificar conflitos e levar a paz para toda a sociedade.
No final do diálogo, os visitantes eram presenteados com uma marca-texto ilustrado com a fotografia do Fórum e assinavam o Livro Histórico da Comarca, onde ficava registrado o evento.
"Este projeto, que a cada ano vêm se tornando mais frutífero para toda a comunidade, tem como idéia principal abrir as portas do Fórum para todos os interessados, proporcionar o despertar da curiosidade e acalentar uma futura descoberta profissional", fez questão de ressaltar a estagiária e guia do Projeto, Ângela Borges de Carvalho.
De acordo com a professora Angela Torres, da Escola Municipal General Osório – uma das instituições visitantes -, a iniciativa é muito válida, pois a maioria dos alunos nem sequer sabe ao correto qual é a real função do Fórum. Conhecimento e cultura, para ela, são os maiores presentes que poderiam ser ofertados pelos poderes constituídos ao futuro do Município: os jovens.
O Projeto "Visitas Guiadas ao Fórum de Pedro Osório" tem por objetivo aproximar os cidadãos, desde a juventude, da Casa da Justiça, proporcionando-lhes o conhecimento de sua estrutura, de seu funcionamento e dos serviços colocados à disposição da Comunidade. Em funcionamento desde o ano de 2004, já recebeu mais de 1.200 jovens.