16ª Festa do Maioral movimenta Pedro Osório
A partir das 22 h de sábado (29), a cidade de Pedro Osório se agitou ao som dos tambores da 16ª Festa do Maioral de Quimbanda. A comemoração, que teve palco na Rua Herculano de Freitas, nº. 42 reuniu inúmeros munícipes, bem como pessoas de várias partes do Rio Grande do Sul, fazendo com que a noite se tornasse inesquecível para todos que estavam presentes.
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A partir das 22 h de sábado (29), a cidade de Pedro Osório se agitou ao som dos tambores da 16ª Festa do Maioral de Quimbanda. A comemoração, que teve palco na Rua Herculano de Freitas, nº. 42 reuniu inúmeros munícipes, bem como pessoas de várias partes do Rio Grande do Sul, fazendo com que a noite se tornasse inesquecível para todos que estavam presentes.
“Nossa grande expectativa de que a festa ocorresse com tranqüilidade e sucesso, se concretizou”, afirmou a Filha da Casa há 16 anos, Alda Maria Farias Vitória. “Todos os presentes saíram satisfeitos”, ressaltou com entusiasmo.
O Templo e Reino de Xangô e Iansã, como é denominado, abriu suas portas para que, juntos, todos pudessem compartilhar da comemoração de uma data tão importante para os adeptos da crença. Gentilmente recepcionados, os presentes, que totalizaram aproximadamente 700 pessoas, foram servidos de assados, doces e bebidas em geral.
Segundo Fernando Brancão, colaborador da Casa e um dos fundadores do Reino de São Lázaro - importante Casa de Quimbanda na cidade de Rio Grande -, a Quimbanda, que é um segmento contextual do Umbanda, tem como protagonista o Orixá Maioral. “As bases de nossa doutrina são a fé, a caridade e a responsabilidade social”, finalizou.
O Pai Bira do Maioral, médium responsável pelo Templo em Pedro Osório, destaca a construção da nova sede, na RS 706. “O prédio que tem 700 m² de área, possui capacidade para 1000 pessoas, estacionamento próprio, refeitório, além de área para assistência social e lazer das crianças”, destacou.
Significado – A Quimbanda é um Culto afro-brasileiro com influências do espiritismo e do ocultismo. Apesar de cultuarem os mesmos orixás e espíritos, a Umbanda e a Quimbanda diferem entre si. São mais freqüentes na última, as giras de exu, cerimônias com cantos e danças em torno de uma roda nas quais são invocados os Exus e Pombas-giras, que, após a incorporação, bebem, fumam e dão conselhos.
A palavra Quimbanda tem sua fonte de origem no Quimbundo, que é uma mistura de dialetos africanos, criado pelo governo para ser ensinado nas escolas das colônias portuguesas, afim de que todos angolenses se entendessem entre si nas regiões tribais de Angola e Moçambique.
Baseado nesta estrutura, “Quim” quer dizer em linguagem africana, médico ou grão-sacerdote dos cultos Bantos. “Banda” quer dizer lugar ou cidade. Portanto, em nosso idioma, quimbandeiro quer dizer Grão-sacerdote dos cultos Bantos, vindos de Angola e Moçambique.
